Porque sentimos cíumes?
Ao meditar alguns instantes sobre a causa do sentimento talvez mais remoto e ilógico que um ser vivo possa vir a ter, começo a olhar os dons que a natureza cultivaram nos nossos hábitos e essência, pois, se não ela, quem mais poderia deleitar-se de proveito nos sentimentos que o ciúme traz consigo? Vejo, numa visão cientificista e lógica, a sustentação e domínio como explicações de tal estado, uma vez que a liderança e a bravura são opostos da fraqueza e da morbidade. Somente os fracos podem vir a sofrer com a desilusão que é a sua substituição por um outro qualquer que consiga suprir demandas que ele não conseguira, e é então o extinto animal que guia nossa alma a sempre manter dúvidas e incerteza quanto a fidelidade dos que nos cercam, mesmo que em nada os fatos reais colaborem para tais pensamentos. Seria então a causa natural das coisas a única explicação? Suponho que não, pois se então assim o fosse, de que atributos nossa alma estaria encarregada senão o de conciliar o corpo co